"Brincadeira" feita pelo pessoal da Companhia de Ópera da Filadélfia. Achei sensacional, simplesmente.
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
CALA BOCA REDE GLOBO
As brincadeiras de “Cala boca” no Twitter, que começaram com uma “inocente” gozação com o Galvão Bueno, acabaram tomando outro contorno com a ascensão do “CALA BOCA TADEU SCHMIDT” ao topo dos Trending Topics do sistema.
Assim como a primeira campanha, que tinha como alvo o locutor e, além de brincadeira, transmitia a insatisfação com o besteirol excessivo da narração, o novo “CALA BOCA” carrega junto uma mensagem mais interessante: as redes sociais estão tornando perigosas as manobras de manipulação da opinião pública, pois basta que um pequeno grupo perceba a jogada e inicie uma onda de mensagens para fazer com que o resultado seja o oposto do esperado.
Não acompanho tanto futebol para fazer uma análise do que a Globo resolveu chamar “Era Dunga” e nem mesmo do Dunga como sujeito, mas fica claro que, de longa data, de bem antes do início da Copa, o jornalismo esportivo da Globo investe pesado contra o técnico. Tenho colegas, mais ligados em futebol que eu, que torcem contra a atual seleção por simples antipatia pelo técnico, por birra. Parte dessa antipatia pode ter sido conquistada pelo próprio Dunga, mas, observando o quadro com mais cautela, percebe-se que a grande maioria repete feito papagaio ataques pré formulados contra o técnico e contra a seleção.
A explosão do Dunga contra o tal Escobar, não obstante ter sido uma cena feia, uma atitude desaconselhável, sobretudo naquele ambiente e naquela ocasião, não parecia ter surgido simplesmente ali. O cara estava enfurecido e parecia vir, de longa data, acumulando motivos para tanto.
Diz-se que Alex Escobar é dos que movimentam as futricas que jogam o povo contra o técnico, divulgando que ele mantém jogadores contundidos em atividade e omite a informação, esse tipo de coisa. Depois do ocorrido, no Fantástico, Tadeu Schmidt fez um ressentido discurso, tomando as dores do “jornalismo”, como se Dunga, ao explodir contra Escobar, estivesse ofendendo a imprensa como um todo.
Enfim, não tenho e nem pretendo ter elementos para julgar as causas do ocorrido, o que me interessa são os efeitos: o “CALA BOCA TADEU SCHMIDT” significa na verdade um “CALA BOCA REDE GLOBO” e isso é realmente interessante. É importante que os brasileiros exercitem essa capacidade e ponham-na em prática mais vezes e em ocasiões em que o assunto seja mais relevante do que uma simples birra com o técnico da seleção. Vejamos se conseguimos emplacar um CALA A BOCA REDE GLOBO nas eleições que vêm por aí, por exemplo.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Pay to play
Já tinha minha desconfiança, por ouvir relatos de alguns músicos, da obscuridade do papel exercido pelo ECAD – e por outras entidades e organizações assemelhadas mundo a fora – nessa arrecadação de “ direitos autorais” em execuções musicais ao vivo.
A coisa funciona, por mais esquisito que pareça, assim: se um músico está executando num barzinho aqui da esquina uma canção da autoria de um tocador de dombra do Cazaquistão, aparece um carinha do ECAD com um caderno, anota aquilo ali e cobra do dono do estabelecimento um valor de direitos autorais que será remetido ao dombrista (ou seja lá como chama o sujeito que toca isso).
É preciso ser mais que ingênuo, é preciso que você seja o “ über-otário”, para acreditar que o “dombrista” vai ver algum tostão disso, mas o pessoal dos direitos autorais tá lá, aparece em ocasiões aleatórias, mas, se eles aparecerem, a grana tem que rolar.
Cheguei a ver a cena, pois minha namorada é cantora. O sujeito chega, fica por ali, vez por outra ele pergunta ao músico que canção é aquela e de quem é. No caso, o vi questionar sobre uma música do Bob Marley e fiquei ali pensando se eles acham que nós, ao presenciarmos aquela cena, estamos acreditando que alguma coisa daquele dinheiro vai parar nas mãos dos herdeiros do músico.
Bom, por aqui, pelo que parece, os donos dos estabelecimentos ainda não começaram a se sentir tão prejudicados, pelo menos não ao ponto de encerrarem as atividades de música ao vivo, reduzindo o mercado de trabalho dos músicos locais, mas essa postagem foi motivada justamente por essa notícia onde se relata que, mundo a fora, esse tipo de atividade tem se tornado tão truculenta e extorsiva que tem levado os donos dos estabelecimentos a tais medidas.
Só pra postagem não ficar sem alguma ilustração, fiquem com esta senhora tocando dombra:
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